Depressão e alimentação: tudo o que você precisa saber

Sabe aquela frase “somos o que comemos”? Pois é! A alimentação tem grande influência no funcionamento do organismo, gerando consequências tanto na saúde física quanto mental. Sim, existe uma forte relação entre depressão e alimentação. Isso acontece porque a falta ou excesso de certos nutrientes no corpo vão afetar o funcionamento hormonal e cerebral.

Para entender melhor como funciona esse processo, o primeiro passo é compreender o que é depressão. Esse transtorno mental afetivo tem como sintomas tristeza, angústia, pessimismo e baixa autoestima. Quem tem essa doença apresenta dificuldade para realizar atividades como estudar e trabalhar, além de problemas para se relacionar.

As causas podem ser variadas, desde traumas como alterações químicas no cérebro e nas células do sistema nervoso. E o problema, que ocorre mais em mulheres, é cada vez mais comum. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que a depressão será a doença mais incapacitante do mundo até 2020. Atualmente, ela atinge 300 milhões de pessoas, sendo que no Brasil o problema afeta 11, 5 milhões.

Os dados são um alerta, mas é importante saber que existe tratamento. Entender como a depressão e alimentação se relacionam também é essencial nesse processo. Quer saber mais? Então, não deixe de conferir!

1. A importância do metabolismo para o equilíbrio mental

O equilíbrio mental depende do bom funcionamento do metabolismo. Esse processo é responsável pela absorção de nutrientes e pelo uso de energia em importantes atividades do corpo. Respiração, controle da temperatura e a ação do sistema nervoso dependem da capacidade metabólica do organismo.

Se acontece alguma falha, todas as funções serão afetadas, inclusive as que dependem do cérebro para acontecer. Por este motivo, doenças que prejudicam o metabolismo podem ser a causa da depressão.

Um exemplo é o hipotireoidismo, que é uma disfunção na tireoide caracterizada pela queda da produção dos hormônios T3 e T4. Já a síndrome metabólica, que é um conjunto de doenças como diabetes, colesterol elevado, também é outro exemplo de alterações no metabolismo que podem provocar depressão, cansaço excessivo e até mesmo falhas de memória.

2. Como funciona a relação entre depressão e alimentação

O acompanhamento médico é imprescindível para o diagnóstico e o tratamento da depressão, mas é fundamental estar bem nutrido por meio da boa alimentação. E é importante não só comer bem, mas ingerir as quantidades certas dos nutrientes. Os suplementos naturais podem ser um grande aliado, pois garantem nutrir o organismo com substâncias essenciais de forma natural.

Os hormônios produzidos no corpo e que são responsáveis pelo humor dependem de determinadas vitaminas, aminoácidos e minerais para funcionar bem. A serotonina, que está relacionada com a sensação de bem-estar, é um exemplo. Para a produção dela é fundamental a presença de magnésio, cálcio, vitaminas do complexo B e ácido fólico.

Ou seja, quanto mais consumir alimentos ricos com essas substâncias, maiores são as chances de a serotonina ter plena atividade, ajudando no combate à depressão.

3. Quais os nutrientes ajudam a combater desânimo e tristeza

O nome pode parecer esquisito, mas o triptofano é uma substância parceira na luta contra o desânimo e a tristeza, porque ajuda na formação da serotonina. Este aminoácido está presente na banana, no abacate e em sementes como amêndoas e nozes. Além disso, auxilia na diminuição da ansiedade e melhora a qualidade do sono.

Outro nutriente importante é o ácido fólico, presente em hortaliças verde-escuras, como couve e espinafre. Ele faz parte das vitaminas do complexo B e atua na manutenção do sistema nervoso. A deficiência dessa substância pode gerar fadiga e cansaço excessivo.

4. Gorduras são aliadas para o bom funcionamento do corpo

Por várias vezes evitamos alimentos que tenham gordura, mas muitos processos do corpo e o equilíbrio mental dependem dela. Só que é necessário escolher o tipo certo, preferindo as insaturadas e as saturadas.

As gorduras saturadas são encontradas em alimentos de origem animal, como carnes, leites e ovos. Já as insaturadas, excelente para a saúde, podem ser adquiridas por meio do consumo de abacate, castanhas e óleo de coco.

Essa substância ajuda a regular a temperatura corporal, melhora a concentração e o foco, atua na formação dos hormônios e na absorção de vitaminas. Nas células cerebrais, os lipídeos (gorduras) formam 70% da estrutura da bainha de mielina, que conecta e transmite as informações de um neurônio para o outro. Sem a gordura, essas conexões são prejudicadas, o que é ruim para o tratamento da depressão e de outros problemas.

5. Moderação no consumo de café e bebidas alcoólicas

Quem nunca recorreu a um cafezinho para espantar o cansaço? Ou bebeu demais em uma festa? Isso é normal, mas não pode ser parte de uma rotina saudável. Exagerar no consumo de café e bebidas alcoólicas causa problemas para o corpo e a mente.

O excesso de álcool provoca desidratação, prejudica a atenção e a capacidade de raciocínio. Já tomar café muitas vezes durante o dia estimula demais o cérebro e o coração, o que pode piorar a qualidade do sono.

Além de entender a relação entre a depressão e alimentação, alguns cuidados com o físico e a mente são essenciais. Dormir bem, fazer exercícios e criar momentos relaxantes devem fazer parte da rotina de quem se preocupa em ter uma vida saudável.

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